
Vivi uma época em que se tinha muitos problemas de ordem psicológica e emocional, mas o tratamento psiquiátrico ou terapia eram restritos a casos graves ou à elite financeira. Um período em que ainda havia muito preconceito sobre saúde mental e a necessidade de acompanhamento terapêutico.

Na semana passada eu falei sobre Mindfulness, que é certamente uma excelente técnica de autorregulação. Talvez ela seja a prática de meditação mais simples e acessível, mas também a mais desafiadora, já que um dos maiores desafios atuais é a nossa relação com o tempo e o consumo de conteúdo. A maioria de nós está sobrecarregada de informações e de tarefas.

Eu abri uma caixa de perguntas e sugestões e o resultado é que as pessoas estão buscando novos modos de lidar com a vida cotidiana nesses tempos sombrios. Então eu sigo por aqui tentando ajudar como posso.

Estamos vivenciando um momento de grandes mudanças. Sim, eu, você, todas as pessoas neste momento, não há como negar isso. O mundo está atravessando um processo intenso e não temos como voltarmos ao que era antes dessa pandemia.

Fui desafiada por minha amiga Flávia a falar sobre mudanças, porque ela acabou de se mudar de casa e eu também. Bem, esse é um tema sobre o qual posso falar com propriedade já que em 10 anos eu mudei de relacionamento 3 vezes, de casa 6 vezes com esta última mudança e de estado uma vez. Talvez eu tenha herdado um certo espírito nômade de meu pai.

Há um ano, algumas pessoas incautas pensaram que a pandemia iria durar no máximo uns três meses. Passado seis, pensou-se que em doze meses tudo estaria resolvido. Até que a ficha caiu que isso não aconteceria tão cedo, mas pensamos que ao menos já estaria controlada e que poderíamos voltar a algum contato humano e aos nossos postos de trabalho presencial.